1. |
Aqui Jaz O Abismo
04:15
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Estamos numa terra de poucos
Fadados a nos boicotar
Perdidos em meio ao fascínio
Do egoísmo que vem nos salvar
Restou o hedonista alvar
Com um destino tão mortal
Se entorpece ao achar
Ser o guerreiro da moral
Escarnecer tudo aquilo que vislumbrei
Enobrecer tudo aquilo que me tornei
Bem-vindos ao meu abismo
Daqui não há por que voltar
Na distopia, utopia, e os cegos
Fazem fila pra se jogar
Iletrismo no hipogeu
E sadismo ao encantar
Os sepulcros desse fel
Revelando o seu olhar
Escarnecer tudo aquilo que vislumbrei
Enobrecer tudo aquilo que me tornei
Bem-vindos ao meu abismo
Daqui não há por que voltar
Na distopia, utopia, e os cegos
Fazem fila pra se jogar
Escarnecer tudo aquilo que vislumbrei
Enobrecer tudo aquilo que me tornei
Bem-vindos ao meu abismo
Daqui não há por que voltar
Na distopia, utopia, e os cegos
Fazem fila pra se jogar
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2. |
Anacronia
03:30
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Não
Não posso deixar de manter
O cinismo pulsando ao ver essa nata então decidir
Sobre eu e você, em que tudo que lutamos pra ter
Será espólio para quem exaurir nossa vontade de viver ao prover sina
Controverter
Me ponho a ser tudo aquilo que arcarei em meio ao sofrer
Ao velejar no mar de sordidez, vou confrontar o meu destino
Se libertar das rédeas que te fazem tanto temer o panorama sectário e vil
Nesse país onde devemos romper limites do poder ao nos rebelar
Controverter
Subverter
Me ponho a ser tudo aquilo que arcarei em meio ao sofrer
Ao velejar no mar de sordidez, vou confrontar o meu destino
Me ponho a ser tudo aquilo que arcarei em meio ao sofrer
Ao velejar no mar de sordidez, vou confrontar o meu destino
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3. |
Escarlate
04:42
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Ei, vocês
Daqui eu posso ver o fogo avançar intensamente
Rezem mais pois não há salvação para quem satisfaz os impostores
Reis vão cair, restando
Leis e só, nos guiando
E eis os sete anjos no céu e a fera escarlate no chão
As nações em vestes de omissão tentaram usurpar nos devaneios
De achar que a consagração é sempre se manter indiferente
Reis vão cair, restando
Leis e só, nos guiando
E eis os sete anjos no céu e a fera escarlate no chão
E eis os sete anjos no céu e a fera escarlate no chão
Virão as pragas, a morte, o pranto, a fome
E na tormenta queimarão eternamente
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4. |
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Alguns exemplos como os desastres com as barragens de Mariana e mais recente em Brumadinho deveriam servir para aumentar as regulamentações a serem executadas por estas grandes empresas que só visam o lucro a qualquer custo, seja da vida do seu vizinho, sua, ou até mesmo dos filhos dos seus filhos, então
Polua nosso futuro, destrua seu trunfo (o que há de ser)
Encha de lama a alma, profane a causa (e vá se esconder)
Respirando a fumaça nessa mordaça (peça pra morrer)
Onde antes pescava agora é vala (fome pra valer)
Nessa terra não se colhe mais nada
O que vejo são estranhos na estrada
Eles trazem a evolução da nossa civilização
Fauna e flora vão sumir e nos céus irão surgir
Nuvens negras e ao redor dos prédios apenas pó
E na vasta imensidão não se vê nenhum borrão
de florestas nem de vida, a ineptocracia
Extinção
E a Terra sofre em cada intervenção
Entes queridos desistem da casa onde vivem (reze pra fugir)
Nosso quintal vira lixo e nem há buxixo (mídia nem te vê)
Buscam o lucro abrindo crateras no rio, o que vai fazer?
Vai beber água da onde se secou a fonte, tente entender
Nessa terra não se colhe mais nada
Extinção
E a Terra sofre em cada intervenção
Finalmente vemos a nossa oneração
Entrelinhas o meu nome é destruição
Meu nome é destruição (meu nome é extinção)
Meu nome é destruição (meu nome é extinção)
Meu nome é destruição (meu nome é extinção)
Meu nome é destruição (meu nome é extinção)
Extinção
E a Terra sofre em cada intervenção
Finalmente vemos a nossa oneração
Entrelinhas o meu nome é destruição
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5. |
Judas Nosso de Cada Dia
05:47
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Contemplem a era do que é compartilhado
Resgatem a nossa vida de um mundo tão subestimado
Morrer ao ser subordinado
Pender deslegitima
E adulei, glorifiquei falsos profetas, eu assumo, rogarei
E adulei, glorifiquei falsos profetas, eu assumo, rogarei
Eu adulei, glorifiquei, sem ver a minha dor
Pensar antes de me enganar
Romper te legitima
Veja, há mais o que sentir além da cela do existir
Partido ao meio no carisma elitista de achar ser maculado
Ver o outro machucado por você ver o pecado
Que não existe, nem existirá
Que não existe, nem existirá
Abençoado seja aquele que almeja
Santificar seu nome em atos de nobreza
E receber a paz ao conceber a paz
E receber a paz ao conceber a paz
E adulei, glorifiquei falsos profetas, eu assumo, rogarei
E adulei, glorifiquei falsos profetas, eu assumo, rogarei
Eu adulei, glorifiquei, sem ver a minha dor, desfaço meu pudor
Eis que surge da lembrança medo vivo, insegurança
Meu profeta aponta o dedo, o estranho é o desespero
Judas nosso de cada dia
Judas nosso de cada dia
Judas nosso de cada dia
Judas nosso de cada dia
Prender deslegitima
Veja, há mais o que sentir além da cela do existir
Partido ao meio no carisma elitista de achar ser maculado
Ver o outro machucado por você ver o pecado
Que não existe, nem existirá
Que não existe, nem existirá
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6. |
Imersão
06:17
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Quando a queda ultrapassa o chão
O fundo eu sei que existe, mas eu ainda não vi
No mergulho se torna imersão
Nos faz lembrar quem somos, mas não porque vim parar aqui
O vazio
Desconhecido
Entorpecido
E esquecido
Perdido no tempo, o foco se vai
E a vida se distrai
Entre os caminhos eu apostei e paguei caro demais
O abismo
Um eufemismo
Perto do que ficou pra trás
Profundo em mim estou
Vivendo essa dor
A lembrança que ficou
Eu carrego aonde for
Profundo em mim estou (pro meu bem maior)
Vivendo toda a dor (em solidão)
A lembrança que ficou (e sempre estará)
Eu carrego aonde for (aonde quer que eu vá)
Profundo em mim estou (os sorrisos)
Vivendo toda a dor (irei recordar)
A lembrança que ficou (a clareza)
Eu carrego aonde for (um dia irá chegar)
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7. |
Nada Permanece
04:43
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Deixar a vontade da potência
Lembrar: temporária é a vivência
Subestimada na sua presença
Prossegue lidando com a indiferença
Em alteração de toda a existência
O peso que sinto da sua ausência
E o que já partiu levou o melhor de mim
Vazio do meu ser, me sinto desfalecer
Humanidade em decadência, almas inteiras sob falência
Minha mente divaga, imerso a descrença
E esbarra em outras na mesma frequência
E o que já partiu levou o melhor de mim
Difícil de esquecer, preciso transcender
Vejo você (partir daqui)
Vejo você (partir de mim)
Me aprofundo ante a razão
Vem sensatez, vem madurez
Sou responsável pela criação
Tudo que eu quis, se foi
Onde está? O que será?
Reconceber a essência aqui onde
Nada permanece
E o que já partiu levou o melhor de mim
Difícil de esquecer, preciso transcender
Vejo você (partir daqui)
Vejo você (partir de mim)
Me aprofundo ante a razão
Vem sensatez, vem madurez
Sou responsável pela criação
Tudo que eu quis, se foi
Onde está? O que será?
Reconceber a essência aqui onde
Nada permanece
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8. |
Monocromático
04:22
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Tudo começa no momento do embate
Sangue jorrando sobre o senso de caráter
Apontar, atirar
Ou correr e gritar?
No precipício dessa guerra não há mártir
Forjada pelo som da morte, a cidade
Arderá ao cair
Irromper ou fugir?
Olhos abertos! Tiroteio, hostilidade
Preparem armas pois lá vem o contra-ataque
Há como mudar enquanto reina omissão
Vou poder sonhar, tornar-me livre pra sorrir
Não há distorção se não deixar-me iludir
Na conspiração
Em cada dor, em cada dia, eu vou ampliar a visão
Monocromia te limita ao pensar, não vai mais me parar
Dessa janela posso vê-los se esgueirando
Entre barreiras sociais nos sabotamos
A queda mostrará quem nasceu pra ganhar
Braços abertos! Preconceito ou sanidade?
Estarrecidos pelo céu de morbidade
Gritar, calar
Servir, matar
Há como mudar enquanto reina omissão
Vou poder sonhar, tornar-me livre pra sorrir
Não há distorção se não deixar-me iludir
Na conspiração
Em cada dor, em cada dia, eu vou ampliar a visão
Monocromia te limita ao pensar, não vai mais me parar
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9. |
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Vindo do sertão eu pude ver
Essas terras onde chove sem parar
D'onde eu vim não há colheita há se fazer
Busco um trampo honesto pra não arribar
Meu Deus
Sei que não vou voltar
Pra minha terra onde cresci e vi o mundo
Mas aqui eu vou crescer e prosperar
Sem avexar, sem ser quem vai parar
Um repentista, eu sou, vou trabalhar
Vendendo coisas com minhas rimas
O velho, o grão, o pó
Das ruínas o mundo novo é
Todo descaso e aberração
Ergue trazendo consigo maldita multidão
Dos pobres, bendita anunciação
Incrédulos são os nós
Da nossa partida terra
Que sufocam sem temer
Dentro do vagão é hora de estudar
Essas letras que me mostram carecer
Neste ano vou tentar vestibular
Benzadeus, meu fi, me vejo diplomar
Meu Deus
Sei que não vou voltar
Pra minha terra onde cresci e vi o mundo
Mas aqui eu vou crescer e prosperar
Sem avexar, sem ser quem vai parar
Um repentista, eu sou, vou trabalhar
Vendendo coisas com minhas rimas
Patativa do Assaré, mago da trova e do bem dizer
Sua permissão assim peço
"Quando um agregado solta seu grito de revolta
Tem razão de reclamar, não há maior padecer
Do que um camponês viver sem terra pra trabalhar"
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10. |
Viral
04:03
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Aqui você fala o que quer
Finge que se importa com o outro
Compartilha notícias falsas
Enquanto parece um bom moço
Mas no fundo você é mais um
Ao aumentar o problema
Não há nem bem comum
Que não se esqueça se valer a pena
Curtir, postar, sorrir, mitar
Viver, mentir, fugir de si
Agora é viral
Resplandecer
No digital
Imagem a zelar
Sem importar
Quem você é
Hipocrisia nas redes
Reduzindo o nosso poder
Nos dividindo de pouco a pouco
Nos obrigando a perder
Curtir, postar, sorrir, mitar
Viver, mentir, fugir de si
Agora é viral
Resplandecer
No digital
Imagem a zelar
Sem importar
Quem você é
Agora é viral
Resplandecer
No digital
Imagem a zelar
Sem importar
Quem você é
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11. |
Aríete
05:30
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Então chegou a hora
Mudança necessária
Escape do abismo
E da canção falsária
E mesmo sem vencer
Se cria o movimento
De transformar a vida
Em um renascimento
E não importa quanto tempo vai levar
Essas paredes lentamente vão quebrar
É hora da reação
E quando tudo parecer escurecer
É aí mesmo que você tem que sorrir
Num mundo cinza que te faz esmorecer
Abra seus olhos, cante à paz ao reagir
Não adianta lamentar por quem já foi
Não viva em vão e volte atrás se precisar
Em um momento tudo muda e depois
O que nos resta é a história pra contar
Eu não nasci pra ser aquele que não viu
A chance de mudar a vida e desistiu
Ainda estou aqui e sempre vou estar
Enquanto o mundo realmente precisar
E não importa quanto tempo vai levar
Essas paredes lentamente vão quebrar
É hora da reação
E quando tudo parecer escurecer
É aí mesmo que você tem que sorrir
Num mundo cinza que te faz esmorecer
Abra seus olhos, cante à paz ao reagir
Não adianta lamentar por quem já foi
Não viva em vão e volte atrás se precisar
Em um momento tudo muda e depois
O que nos resta é a história pra contar
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Bogotah São Gonçalo, Brazil
Banda de Rock de São Gonçalo, Rio de Janeiro, que mistura elementos pesados do rock e metal com riffs grooveados e passagens rápidas. Uma mistura afinada de peso e intensidade, com melodia e refrãos marcantes.
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