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Cr​ô​nicas Sobre O Abismo

by Bogotah

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1.
Estamos numa terra de poucos Fadados a nos boicotar Perdidos em meio ao fascínio Do egoísmo que vem nos salvar Restou o hedonista alvar Com um destino tão mortal Se entorpece ao achar Ser o guerreiro da moral Escarnecer tudo aquilo que vislumbrei Enobrecer tudo aquilo que me tornei Bem-vindos ao meu abismo Daqui não há por que voltar Na distopia, utopia, e os cegos Fazem fila pra se jogar Iletrismo no hipogeu E sadismo ao encantar Os sepulcros desse fel Revelando o seu olhar Escarnecer tudo aquilo que vislumbrei Enobrecer tudo aquilo que me tornei Bem-vindos ao meu abismo Daqui não há por que voltar Na distopia, utopia, e os cegos Fazem fila pra se jogar Escarnecer tudo aquilo que vislumbrei Enobrecer tudo aquilo que me tornei Bem-vindos ao meu abismo Daqui não há por que voltar Na distopia, utopia, e os cegos Fazem fila pra se jogar
2.
Anacronia 03:30
Não Não posso deixar de manter O cinismo pulsando ao ver essa nata então decidir Sobre eu e você, em que tudo que lutamos pra ter Será espólio para quem exaurir nossa vontade de viver ao prover sina Controverter Me ponho a ser tudo aquilo que arcarei em meio ao sofrer Ao velejar no mar de sordidez, vou confrontar o meu destino Se libertar das rédeas que te fazem tanto temer o panorama sectário e vil Nesse país onde devemos romper limites do poder ao nos rebelar Controverter Subverter Me ponho a ser tudo aquilo que arcarei em meio ao sofrer Ao velejar no mar de sordidez, vou confrontar o meu destino Me ponho a ser tudo aquilo que arcarei em meio ao sofrer Ao velejar no mar de sordidez, vou confrontar o meu destino
3.
Escarlate 04:42
Ei, vocês Daqui eu posso ver o fogo avançar intensamente Rezem mais pois não há salvação para quem satisfaz os impostores Reis vão cair, restando Leis e só, nos guiando E eis os sete anjos no céu e a fera escarlate no chão As nações em vestes de omissão tentaram usurpar nos devaneios De achar que a consagração é sempre se manter indiferente Reis vão cair, restando Leis e só, nos guiando E eis os sete anjos no céu e a fera escarlate no chão E eis os sete anjos no céu e a fera escarlate no chão Virão as pragas, a morte, o pranto, a fome E na tormenta queimarão eternamente
4.
Alguns exemplos como os desastres com as barragens de Mariana e mais recente em Brumadinho deveriam servir para aumentar as regulamentações a serem executadas por estas grandes empresas que só visam o lucro a qualquer custo, seja da vida do seu vizinho, sua, ou até mesmo dos filhos dos seus filhos, então Polua nosso futuro, destrua seu trunfo (o que há de ser) Encha de lama a alma, profane a causa (e vá se esconder) Respirando a fumaça nessa mordaça (peça pra morrer) Onde antes pescava agora é vala (fome pra valer) Nessa terra não se colhe mais nada O que vejo são estranhos na estrada Eles trazem a evolução da nossa civilização Fauna e flora vão sumir e nos céus irão surgir Nuvens negras e ao redor dos prédios apenas pó E na vasta imensidão não se vê nenhum borrão de florestas nem de vida, a ineptocracia Extinção E a Terra sofre em cada intervenção Entes queridos desistem da casa onde vivem (reze pra fugir) Nosso quintal vira lixo e nem há buxixo (mídia nem te vê) Buscam o lucro abrindo crateras no rio, o que vai fazer? Vai beber água da onde se secou a fonte, tente entender Nessa terra não se colhe mais nada Extinção E a Terra sofre em cada intervenção Finalmente vemos a nossa oneração Entrelinhas o meu nome é destruição Meu nome é destruição (meu nome é extinção) Meu nome é destruição (meu nome é extinção) Meu nome é destruição (meu nome é extinção) Meu nome é destruição (meu nome é extinção) Extinção E a Terra sofre em cada intervenção Finalmente vemos a nossa oneração Entrelinhas o meu nome é destruição
5.
Contemplem a era do que é compartilhado Resgatem a nossa vida de um mundo tão subestimado Morrer ao ser subordinado Pender deslegitima E adulei, glorifiquei falsos profetas, eu assumo, rogarei E adulei, glorifiquei falsos profetas, eu assumo, rogarei Eu adulei, glorifiquei, sem ver a minha dor Pensar antes de me enganar Romper te legitima Veja, há mais o que sentir além da cela do existir Partido ao meio no carisma elitista de achar ser maculado Ver o outro machucado por você ver o pecado Que não existe, nem existirá Que não existe, nem existirá Abençoado seja aquele que almeja Santificar seu nome em atos de nobreza E receber a paz ao conceber a paz E receber a paz ao conceber a paz E adulei, glorifiquei falsos profetas, eu assumo, rogarei E adulei, glorifiquei falsos profetas, eu assumo, rogarei Eu adulei, glorifiquei, sem ver a minha dor, desfaço meu pudor Eis que surge da lembrança medo vivo, insegurança Meu profeta aponta o dedo, o estranho é o desespero Judas nosso de cada dia Judas nosso de cada dia Judas nosso de cada dia Judas nosso de cada dia Prender deslegitima Veja, há mais o que sentir além da cela do existir Partido ao meio no carisma elitista de achar ser maculado Ver o outro machucado por você ver o pecado Que não existe, nem existirá Que não existe, nem existirá
6.
Imersão 06:17
Quando a queda ultrapassa o chão O fundo eu sei que existe, mas eu ainda não vi No mergulho se torna imersão Nos faz lembrar quem somos, mas não porque vim parar aqui O vazio Desconhecido Entorpecido E esquecido Perdido no tempo, o foco se vai E a vida se distrai Entre os caminhos eu apostei e paguei caro demais O abismo Um eufemismo Perto do que ficou pra trás Profundo em mim estou Vivendo essa dor A lembrança que ficou Eu carrego aonde for Profundo em mim estou (pro meu bem maior) Vivendo toda a dor (em solidão) A lembrança que ficou (e sempre estará) Eu carrego aonde for (aonde quer que eu vá) Profundo em mim estou (os sorrisos) Vivendo toda a dor (irei recordar) A lembrança que ficou (a clareza) Eu carrego aonde for (um dia irá chegar)
7.
Deixar a vontade da potência Lembrar: temporária é a vivência Subestimada na sua presença Prossegue lidando com a indiferença Em alteração de toda a existência O peso que sinto da sua ausência E o que já partiu levou o melhor de mim Vazio do meu ser, me sinto desfalecer Humanidade em decadência, almas inteiras sob falência Minha mente divaga, imerso a descrença E esbarra em outras na mesma frequência E o que já partiu levou o melhor de mim Difícil de esquecer, preciso transcender Vejo você (partir daqui) Vejo você (partir de mim) Me aprofundo ante a razão Vem sensatez, vem madurez Sou responsável pela criação Tudo que eu quis, se foi Onde está? O que será? Reconceber a essência aqui onde Nada permanece E o que já partiu levou o melhor de mim Difícil de esquecer, preciso transcender Vejo você (partir daqui) Vejo você (partir de mim) Me aprofundo ante a razão Vem sensatez, vem madurez Sou responsável pela criação Tudo que eu quis, se foi Onde está? O que será? Reconceber a essência aqui onde Nada permanece
8.
Tudo começa no momento do embate Sangue jorrando sobre o senso de caráter Apontar, atirar Ou correr e gritar? No precipício dessa guerra não há mártir Forjada pelo som da morte, a cidade Arderá ao cair Irromper ou fugir? Olhos abertos! Tiroteio, hostilidade Preparem armas pois lá vem o contra-ataque Há como mudar enquanto reina omissão Vou poder sonhar, tornar-me livre pra sorrir Não há distorção se não deixar-me iludir Na conspiração Em cada dor, em cada dia, eu vou ampliar a visão Monocromia te limita ao pensar, não vai mais me parar Dessa janela posso vê-los se esgueirando Entre barreiras sociais nos sabotamos A queda mostrará quem nasceu pra ganhar Braços abertos! Preconceito ou sanidade? Estarrecidos pelo céu de morbidade Gritar, calar Servir, matar Há como mudar enquanto reina omissão Vou poder sonhar, tornar-me livre pra sorrir Não há distorção se não deixar-me iludir Na conspiração Em cada dor, em cada dia, eu vou ampliar a visão Monocromia te limita ao pensar, não vai mais me parar
9.
Vindo do sertão eu pude ver Essas terras onde chove sem parar D'onde eu vim não há colheita há se fazer Busco um trampo honesto pra não arribar Meu Deus Sei que não vou voltar Pra minha terra onde cresci e vi o mundo Mas aqui eu vou crescer e prosperar Sem avexar, sem ser quem vai parar Um repentista, eu sou, vou trabalhar Vendendo coisas com minhas rimas O velho, o grão, o pó Das ruínas o mundo novo é Todo descaso e aberração Ergue trazendo consigo maldita multidão Dos pobres, bendita anunciação Incrédulos são os nós Da nossa partida terra Que sufocam sem temer Dentro do vagão é hora de estudar Essas letras que me mostram carecer Neste ano vou tentar vestibular Benzadeus, meu fi, me vejo diplomar Meu Deus Sei que não vou voltar Pra minha terra onde cresci e vi o mundo Mas aqui eu vou crescer e prosperar Sem avexar, sem ser quem vai parar Um repentista, eu sou, vou trabalhar Vendendo coisas com minhas rimas Patativa do Assaré, mago da trova e do bem dizer Sua permissão assim peço "Quando um agregado solta seu grito de revolta Tem razão de reclamar, não há maior padecer Do que um camponês viver sem terra pra trabalhar"
10.
Viral 04:03
Aqui você fala o que quer Finge que se importa com o outro Compartilha notícias falsas Enquanto parece um bom moço Mas no fundo você é mais um Ao aumentar o problema Não há nem bem comum Que não se esqueça se valer a pena Curtir, postar, sorrir, mitar Viver, mentir, fugir de si Agora é viral Resplandecer No digital Imagem a zelar Sem importar Quem você é Hipocrisia nas redes Reduzindo o nosso poder Nos dividindo de pouco a pouco Nos obrigando a perder Curtir, postar, sorrir, mitar Viver, mentir, fugir de si Agora é viral Resplandecer No digital Imagem a zelar Sem importar Quem você é Agora é viral Resplandecer No digital Imagem a zelar Sem importar Quem você é
11.
Aríete 05:30
Então chegou a hora Mudança necessária Escape do abismo E da canção falsária E mesmo sem vencer Se cria o movimento De transformar a vida Em um renascimento E não importa quanto tempo vai levar Essas paredes lentamente vão quebrar É hora da reação E quando tudo parecer escurecer É aí mesmo que você tem que sorrir Num mundo cinza que te faz esmorecer Abra seus olhos, cante à paz ao reagir Não adianta lamentar por quem já foi Não viva em vão e volte atrás se precisar Em um momento tudo muda e depois O que nos resta é a história pra contar Eu não nasci pra ser aquele que não viu A chance de mudar a vida e desistiu Ainda estou aqui e sempre vou estar Enquanto o mundo realmente precisar E não importa quanto tempo vai levar Essas paredes lentamente vão quebrar É hora da reação E quando tudo parecer escurecer É aí mesmo que você tem que sorrir Num mundo cinza que te faz esmorecer Abra seus olhos, cante à paz ao reagir Não adianta lamentar por quem já foi Não viva em vão e volte atrás se precisar Em um momento tudo muda e depois O que nos resta é a história pra contar

about

O mundo está dividido entre ideologias, credos e barreiras sociais. Cada parte problemática das sociedades constitui potenciais abismos em que a humanidade pode cair e entrar em decadência. Tendo isso em vista, a Bogotah traz, em seu segundo disco, "Crônicas Sobre o Abismo", um apanhado de crônicas e reflexões em forma de música pesada, misturando heavy metal, groove metal e diversos estilos de rock. Ao discutir o cenário mundial, a banda percorre o extremismo de pensamento e religioso, racismo, xenofobia, depressão, a relação com as redes sociais, a destruição da natureza e outros temas atuais, indagando quais serão as atitudes que deveremos tomar ainda nesse século para evitar a queda final.

credits

released November 11, 2019

Produzido por Igor Bilheri e Renan Carriço

Gravado nos Estúdios Quintal e Toca da Cotia (Niterói, RJ)

Engenharia de Som por Igor Bilheri

Mixado por Igor Bilheri no Estúdio Toca da Cotia

Masterizado por Pedro Garcia no Estúdio Cantos do Trilho

Arranjos por Bogotah, Igor Bilheri e Renan Carriço

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about

Bogotah São Gonçalo, Brazil

Banda de Rock de São Gonçalo, Rio de Janeiro, que mistura elementos pesados do rock e metal com riffs grooveados e passagens rápidas. Uma mistura afinada de peso e intensidade, com melodia e refrãos marcantes.

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